Nos anos de 1860 a 1864, o Reino Unido da Inglaterrra ganhou uma concorrência para a instalação de uma usina de destilação de querosene, extraído da turfa a partir da nafta, e também, para a extração do xisto betuminoso em Marau. A empresa foi instalada às margens do Rio Marau. A versão popular é de que a usina chamava-se ?John Grant?, mas o roceiro, encontrando dificuldades com a pronuncia, abrasileirou para ?João Branco?.
Instalada a usina de João Branco, com todos os requisitos de uma grande refinaria, custou à Coroa Inglesa 600 mil libras esterlinas. A mesma, empregou cerca de 500 operários. Possuía uma estrada de ferro interna, por onde rodavam duas locomotivas. Na referida usina, onde era destilado o querosene, fabricavam-se velas de espermacete, sabão, ácido sulfúrico e papel encerado, para acondicionar alimentos. Preparavam-se para a fabricação de celulose, no grande Parque Industrial de Marau.
As atividades da Companhia Internacional de Marau foram paralisadas. A usina deixou de funcionar devido a uma greve do seu pessoal, tendo como conseqüência uma sucessão de crimes. A agitação atingiu tamanhas proporções que Mister Grant disparou um tiro em um operário, matando-o. Foi julgado por isto, mas absolvido. Preferiu retirar-se da Bahia e fechar a fábrica. Segundo o escritor Maurício Vistman, em seu livro ?O petróleo no império e na república?, a verdade é outra. O fracasso foi de ordem política e social. Hoje na localidade ainda chamada João Branco, encontram-se as ruínas da fábrica e os trilhos da ferrovia.
Por paradoxo do destino, perto do local onde fora o grande Parque Industrial, foi descoberto um depósito de gesso considerado o maior do mundo pelo truste inglês do cimento Portland. Hoje, tal depósito pertence ao grupo de cimento Mauá.
Pelo Decreto Lei nº 10.724 de 30 de março de 1938, a Vila foi elevada à categoria de Cidade. O Município de Marau está localizado em uma península, denominada Península de Marau, zona na qual foi implantada uma Área de Proteção Ambiental - APA, totalizando um perímetro de 212 Km2 em uma área de aproximadamente 21.200 ha.
Gentílico: marauense
Formação Administrativa
Freguesia criada com a denominação de São Sebastião de Maraú, em 1717.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Maraú, em 17-06-1761. Sede na antiga povoação de São Sebastião de Maraú.
Pela lei estadual nº 775, de 25-05-1910, é criado o distrito de Oricó-Mirim.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 2 distritos: Maraú e Oricó-Mirim.
Assim permanecendo nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920.
Pelo decreto estadual nº 8030, de 23-03-1932, o distrito de Oricó-Mirim tomou a denominação de Barra de Água Branca.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 2 distritos: Maraú e Barra de Água Branca.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1936, o município aparece constituído de 3 distritos: Maraú, Barra de Água Branca e São Sebastião.
Pela lei estadual nº 191, de 05-08-1937, é criado o distrito de Piabanha e anexado ao município de Maraú.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1937, o município é constituído de 4 distritos: Maraú, Barra de Água Branca, Piabanha e São Sebastião.
Pelo decreto estadual nº 11089, de 30-11-1938, o distrito de Barra de Água Branca tomou a denominação de Água Branca o distrito de São Sebastião foi extinto, sendo seu
território anexado ao distrito de Piabanha do município de Maraú.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 3 distritos: Maraú, Água Branca (ex-Barra de Água Branca) e Piabanha.
Pelo decreto-lei estadual nº141, de 31-12-1943, retificado pelo decreto estadual nº 12978, de 01-06-1944, o distrito de Água Branca passou a denominar-se Ibiaçu.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: Maraú, Ibiaçu (ex-Água Branca) e Piabanha.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração Toponímica Distrital
São Sebastião de Maraú para Maraú, alterado em 17-06-1761.
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Fonte: Marau. Prefeitura Municipal.
Autor do Histórico: KÁTIA REGINA LOPES DOURADO