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A cultura cearense é de base essencialmente européia e ameríndia,
com algumas influências afro-brasileiras, assim como em todo o sertão
nordestino. Quando da introdução da cultura portuguesa no Ceará,
ao longo do século XVII, os índios já produziam um diversificado
artesanato a partir de vegetais como o cipó e a carnaúba, bem
como dominavam técnicas primitivas de tecelagem do algodão, inclusive
tingindo os tecidos de vermelho com a casca da aroeira. Com a colonização,
diversas técnicas européias se somaram a essa base cultural, formando
uma arte popular que viria a ser renomada nacional e internacionalmente.
Com origens portuguesas e relevante influência indígena, têm
destaque a produção de redes com os mais diversos bordados e formas
e intrincadas rendas feitas em bilros, talvez o maior destaque da produção
artesanal cearense, sendo uma arte tradicional no Ceará desde, pelo menos,
o século XVIII. As rendas e os labirintos possuem maior destaque nas
imediações do litoral, enquanto o interior se destaca mais pelos
bordados. As pedras semipreciosas também são exploradas, transformadas
em jóias criativas, sobretudo em Juazeiro do Norte, Quixadá e
Quixeramobim.
Ademais, o artesanato feito em madeira e barro se destaca bastante, com produção
de esculturas humanas, representando tipos da região; quadros talhados
em madeira e vasos adornados. Outro importante item do artesanato cearense são
as garrafas de areias coloridas, onde são reproduzidas, manualmente,
paisagens e temáticas diversas. São ainda encontrados, em diversas
cidades - em especial Massapê, Russas, Aracati, Sobral e Camocim, dentre
outras, cestarias, chapéus e trançados com variadas formas e desenhos
feitos da palha da carnaúba, do bambu e do cipó. Por fim, como
conseqüência natural de uma economia que, durante séculos,
foi essencialmente pecuarista, o couro é trabalhado artesanalmente, em
especial, para a produção de chapéus e outras peças
da roupa de vaqueiros, assim como de móveis e esculturas. As principais
cidades no artesanato coureiro são Morada Nova, Juazeiro do Norte, Crato,
Jaguaribe e Assaré.
O movimento de maior destaque na história da pintura cearense foi o
modernismo com o surgimento da Sociedade Cearense de Artes Plásticas
em 1944 que reuniu vários pintores como Antônio Bandeira, Otacílio
de Azevedo, Aldemir Martins, Inimá de Paula, Zenon Barreto e outros.
Bandeira é considerado um dos maiores pintores abstracionistas do Brasil.
Antes desse movimento alguns importante pintores cearenses foram Raimundo Cela
e Vicente Leite que no começo do século XX retrataram várias
paisagens do sertão e litoral do estado.
Na segunda metade do século XX o suíço Jean-Pierre Chabloz
em passagem pelo Ceará descobriu a arte do acreano de origem cearense
Chico da Silva no Pirambu retratando figuras primitivas de dragões e
outros animais com carvão e tinta guache. Seu estilo foi classificado
como arte naïf e teve grande destaque até a década de 1980.
No final do Século XX o pintor Leonilson foi o maior destaque cearense
na pintura. Contemporaneamente temos os nomes de Roberto Galvão e Bruno
Pedrosa dentre outros. Fonte: Wikipédia
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