Com as altas produções de borracha da Malásia, os seringais amazônicos entraram em decadência somente vindo a recuperar-se com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, fazendo com que os aliados perdessem os seringais do oriente. A Amazônia via-se envolvida num conflito em função da borracha, iniciando o segundo ciclo econômico com reflexos em todos os seringais já existentes. Novos imigrantes nordestinos surgiram na Amazônia para contribuir com o trabalho na guerra que se desenrolava na Europa e no Oriente.
Em 13 de setembro de 1943, o Presidente Gertúlio Vargas, por meio do Decreto Lei nº 5912, cria o Território Federal do Guaporé, e a região passou a fazer parte do município de Porto Velho como Distrito de Ariquemes. Houve um fluxo migratório de nordestinos que se transformaram em seringueiros, formando um exército de "Soldados da Borracha". Terminado o conflito mundial, diminuiu o interesse pela borracha Amazônica.
Em 1958 com a descoberta da cassiterita, minério de estanho, novos contingentes migratórios ocorreram vindos de diversos pontos do país. Os garimpeiros se estabeleceram em volta do campo de pouso de aeronaves que escoavam a produção do minério, centralizaram suas moradias e os estabelecimentos comerciais.
Em fevereiro de 1960, o então Presidente Jucelino Kubstchek de Oliveira, determinou ao Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNER), a abertura e construção da estrada que acabou se tornando o leito da BR 364.
No dia 15 de abril de 1970, o Ministério das Minas e Energia, por meio de portaria, proibiu a lavra manual de garimpagem da cassiterita sob argumento de ser predatória, determinando que a exploração das jazidas minerais fossem mecanizadas através de empresas. A partir daí, Ariquemes passou a ser apenas ponto de parada ao longo da BR 364.
Em 1972, começaram os estudos realizados pelo INCRA nas áreas desapropriadas, que resultaram nos projetos de assentamento "Burareiro" e "Marechal Dutra". A partir de 1975, esses projetos entram em fase de implantação. O crescimento populacional é sentido e envolve a ação conjunta do INCRA, Governo do Território e Prefeitura Municipal de Porto Velho na criação de um planejamento urbano, com vista, a ocupação racional e planejada da área.
O Prefeito de Porto Velho, determinou a transferência da sede do Distrito, localizada às margens do rio Jamari, onde atualmente se localiza o bairro Marechal Rondon, para outra localidade próxima a BR 364, onde foi instalada a cidade planejada dividida em setores: Institucional, Industrial, Comercial e Residencial.
No dia 11 de fevereiro de 1976, a primeira árvore foi derrubada surgindo a Nova Ariquemes. A vila passou a ser chamada de Vila Velha. Houve tentativa de erradicação do vilarejo inicial, visto ser ele cortado ao centro pela BR 364, que lhe servia de eixo. Apesar das tentativas, o povo ali residiu e ocupou, em grande parte, a área atualmente incluída no plano urbano que representa uma referência histórica do município. Ainda hoje, pode se encontrar alguns pioneiros da imigração nordestina e seus descendentes do segundo ciclo da borracha, ruínas da instalação do posto telegráfico, o mastro, além de alguns móveis, constituindo-se em memória viva daquela época.
Gentílico: ariquemense
Formação Administrativa
Em 11 de outubro de 1977, através da Lei nº 6.448, Ariquemes adquire sua emancipação política com a instalação política do município no dia 21 de novembro.
Através da Lei nº 6.921, de 16 de junho de 1981, o município cedeu da sua área territorial para a criação do município de Jaru.
Em 1988, através da Lei nº 198 de 11 de maio, o município cedeu área, desta vez para a criação do município de Machadinho d’Oeste.
Pelas Leis nº 364, nº 374, nº 375, nº 376 e nº 378 de 13 de fevereiro de 1992, foi consecutivamente doando áreas para a formação dos seguintes municípios: Jamari, Cacaulândia, Alto Paraíso, Rio Crespo e Monte Negro.
Fonte: Associação Rondoniense de Municípios - AROM
Autor do Histórico: MARILTON GOMES VIEIRA