Iniciava-se então o povoamento do solo espírito-santense, com as suas primeiras cabanas e culturas agrícolas e tendo pouco depois a uni-las o vínculo religioso representado por uma bizarra igrejinha, que recebia por patrono São João, em memória do monarca reinante. Recebera aquele primeiro núcleo de colonização o nome de Vila de Nossa Senhora da Vitória, devoção particular do donatário.
Reconhecendo o perigo representado pelos silvícolas, assim como a possibilidade de incursão de piratas, que infestavam as águas do Atlântico, naquela época, Vasco Fernandes Coutinho lançou-se à construção de um forte em local estratégico, situado, mais ou menos, onde se ergue hoje o Quartel de Piratininga.
Animado pelas autorizações contidas na carta régia de D. João III, que lhe assegurava direito sobre todas as conquistas levadas a efeito sertão adentro, cuidou logo Vasco Fernandes Coutinho de mandar fazer levantamento nas circunvizinhanças e mesmo no interior.
Arregimentados os colonizadores mais destemidos, estes, seguindo o caminho líquido que julgavam ser um rio, subiram pela barra, sob a ação hostil dos Goitacazes, descobrindo uma grande ilha que chamaram ilha de Santo Antônio, por ser o dia 13 de junho de 1535. O desembarque se efetuou próximo a uma ilhota que depois se chamou Caleiras ou Caieiras, como é conhecida, até hoje. Esse local se situa na faixa insular onde se ergue em nossos dias o bairro de Santo Antônio, parcializando-se assim a denominação com que se batizou toda a ilha, no histórico dia de Santo Antônio do remoto 1535.
Gentílico: capixaba ou vitoriense
Formação Administrativa
Elevado à categoria de vila em 1545.
Elevado à condição de cidade, por decreto de 24-02-1823. Confirmada por carta de lei de 18-03-1823.
Por decreto provincial nº 5, de 16-12-1837, é criado o distrito de Carapina e anexado ao município de Vitória.
Pela resolução provincial nº 9, de 27-08-1846, é criado o distrito de Queimado e anexado ao município de Vitória.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 3 distritos: Vitória, Carapina e Queimado.
Pela lei estadual nº 1445, de 10-07-1924, são criados os distritos de Argolas e Jucu e anexados ao município de Vitória.
Pelo decreto estadual nº 1102, de 27-04-1931, o município de Vitória adquiriu o distrito de Vila Velha desmembrado do extinto município de Espírito Santo.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 7 distritos Vitória, Argolas, Carapina, Espírito Santo, Jucu, Queimado e Vila Velha.
Pelo decreto estadual nº 5041, de 11-07-1934, of. nº 3034, de 25-11-1943, pelo DEE do Espírito Santo dirigido ao IBGE e protocolo SG sob o nº 6676, desmembra do município de Vitória os distritos de Espírito Santo, Argola e Jucu. Para formar o município de Espírito Santo. Sob o mesmo decreto foi restabelecido o município de Vila Velha.
Em divisões territoriais datadas de 31-12-1936 e 31-12-1937, o município é constituído de 3 distritos: Vitória, Carapina e Queimado.
Pelo decreto-lei estadual nº 15.177, de 31-12-1943, o município de Espírito Santo, foi extinto sendo seu território anexado ao município de Vitória com a denominação de Espírito Santo de Vitória. Sob o mesmo decreto é criado o distrito de Goiabeiras e anexado ao município de Vitória e ainda desmembra do município de Vitória os distritos de Carapina e Queimado sendo anexado ao município de Serra.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 4 distritos: Vitória, Argolas, Espírito Santo de Vitória e Goiabeiras.
Por ato das disposições constitucionais transitórias, promulgado em 26-07-1947, desmembra do município de Vitória os distritos de Espírito Santo de Vitória e Argolas. Para formar o novo município de Espírito Santo de Vitória.
Em divisão territorial datada de 01-07-1960, o município é constituído de 2 distritos: Vitória e Goiabeiras.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Fonte: IBGE