Com o Tratado de Petrópolis e a criação do Território Federal do Acre, a agora chamada "Villa Rio Branco", firmou-se como o principal centro urbano de todo o vale do Acre, o mais rico e produtivo do território. Tanto assim, que a partir de 1920, a cidade de Rio Branco assumiu a condição de capital do Território e depois do Estado.
Durante todos esses acontecimentos, a rua surgida da Gameleira, na margem direita do Rio Acre, era o centro da vida comercial e urbana dessa parte da Amazônia. Ali se situavam os bares, cafés e cassinos que movimentavam a vida noturna da cidade, ali se encontravam os principais representantes comerciais das casas aviadoras nacionais e estrangeiras que movimentavam milhares de contos de réis naquela época de riqueza e fausto. Ali moravam as principais famílias da elite urbana composta por profissionais liberais e pelo funcionalismo público.
Com o passar do tempo a administração política do Território foi sendo transferida para a margem esquerda do Rio Acre, com terras mais altas e não inundáveis. Ainda assim as ruas que integravam o centro da cidade formada pelas ruas Cunha Matos, 17 de novembro e 24 de janeiro permaneciam sendo a principal área comercial da cidade, paulatinamente dominada pelos imigrantes sirio-libaneses, a ponto de em meados da década de 1930 ser também conhecida como "Bairro Beirute".
Porém, a partir da década de 50, teve início um pronunciado processo de decadência econômica da histórica margem direita de Rio Branco, que passou a ser chamado de 2º Distrito. Isso resultou da transferência de boa parte de suas principais casas comerciais para o 1º Distrito da cidade, na margem esquerda do Rio Acre, onde já estavam instaladas as principais repartições publicas e as residências das mais importantes famílias do território.
Depois de terminada a Revolução Acreana, após a assinatura do Tratado de Petrópolis em 17 de novembro de 1903, Cunha Matos, a mando do governo federal, chegou ao Acre em 18 de agosto de 1904, para governar, como prefeito, o Departamento do Alto Acre até 1905.
Cunha Matos escolheu para instalar a sede de sua prefeitura, de forma provisória, a localidade povoada do seringal Volta da Empresa, à margem direita do Rio Acre, no dia 19 de agosto de 1904, passando o local a ser chamado de Vila Rio Branco no dia 22 de agosto de 1904, onde hoje está localizado o Segundo Distrito da cidade de Rio Branco.
Em 13 de junho de 1909, o então prefeito do Departamento do Alto Palácio Rio Branco, sede do governo, Coronel Gabino Besouro, mudou a sede da prefeitura para a margem esquerda do Rio Acre.
Gentílico: rio-branquense
Formação Administrativa
Elevado à categoria de vila com a denominação de Volta da Empresa, pelo decreto do Prefeito nº 3, de 22-08-1904.
Elevado à condição de cidade e sede municipal com a denominação de Rio Branco, pelo decreto do Prefeito nº 7, de 07-09-1904.
Elevado à categoria de sede com a denominação de Rio Branco, pelo decreto federal nº 5188, de 07-04-1904. Constituído de 3 distritos: Rio Branco, Capatará e Riozinho. Instalado em 18-08-1904.
Pela resolução nº 09, de 13-06-1909, deixou de ser sede do município transferido para vila de Penápolis.
Pelo decreto federal nº 9831, de 23-10-1912, à categoria de cidade e sede do município com a denominação de Rio Branco. Instalado em 15-02-1913.
Pelo decreto federal nº 14.383, de 01-10-1929, manteve o município com a mesma denominação, elevou a sede à categoria de capital do território.
Catuaba, Mteroi, São Francisco do Riozinho, Capatara, Itu e Campos Belos.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece constituído de 15 distritos: Rio Branco, Catuaba, Mterói, São Fancisco do Piozinho, Capatrá, Itu, Campo Belo, Porto Acre, Humaitá, Marechal Deodoro, Antimari e Depósito do Inquiri, Plácido de Casto, Seringal e Triunfo.
Peleo decreto territorial n° 147, de 17-03-1944, o Distrito de Itu é extinto, sendo seu território anexado ao distrito sede do município de Rio Branco.
Fonte: IBGE