O que alimentou a cidade nascente foi a indústria madeireira, chegando a possuir no início até 36 serrarias de todos os portes. O comércio também teve bom desenvolvimento, com instalação de máquinas de benefício de café, arroz e moinhos de fubá.
Com o desenvolvimento da lavoura cafeeira, a cidade cada vez mais progredia. Alto Paraná estaria destinada a ser uma cidade pólo da região e sua população de bom nível cultural. Para isso é que se lutava. Mas fatores exclusivamente regionais, estruturais e de comunicação relegaram a cidade a segundo plano, fazendo Nova Esperança (ex Capelinha) uma cidade pólo, e Paranavaí outra cidade pólo.
Não faltou por parte da Imobiliária Ypiranga, nem de autoridades políticas os esforços necessários. Os fatores foram de convergência. As geadas periódicas de 1955/1975 e outras menores contribuíram para desestimular os lavradores de café.
Os primeiros pioneiros, que já haviam enriquecido no comércio, na lavoura e na compra e venda de cereais, se transferiram para centros maiores como Maringá, Paranavaí e Curitiba.
O desgaste das lavouras cafeeiras levou o Prefeito, à época, a firmar convênio com a ACARPA e construir um viveiro de mudas de café para a renovação da lavoura.
Com o advento do nematóide, doença que afeta as raízes das plantas, principalmente do cafeeiro, centenas de milhares de lavouras, foram dizimadas e erradicadas, e essas cidades passaram por um processo de esvaziamento populacional com a migração para os grandes centros e outros Estados, como Mato Grosso e Rondônia.
Alto Paraná começa a renascer para o campo acreditando na sericicultura, com uma política bem direcionada no setor pelo então Prefeito, elevando o município a 2º produtor na região. Fatores internacionais derrubam o preço da seda e o setor se vê em decadência.
A opção foi para a pecuária, a cana-de-açúcar e o plantio de laranjais. Os que ainda resistiam aguardavam melhoras futuras. É na pequena indústria que o Prefeito, à época, depositava esperança de sobrevivência, inaugurando um curtume com maquinários de última geração, em busca dos primeiros passos em direção ao futuro.
Outro produto agrícola que teve sua fase de desenvolvimento foi a mandioca com a instalação de cinco farinheiras, que deram trabalho braçal aos chamados bóias-frias. Porém, o preço do produto oscila muito no mercado, e não garante a estabilidade necessária para o seu cultivo.
Gentílico:
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Alto Paraná, pela Lei Estadual nº 790, de 14/11/1951, no Município de Nova Esperança.
A criação do município foi estabelecida pela Lei Estadual nº 1.190 de 19/08/1953, sendo instalado em 5 de maio de 1954, desmembrado do município de Nova Esperança.
Pela Lei Municipal nº 37, de 14/12/1955, foram criados os distritos de Maristela e Sumaré, ex-povoados.
Pela Lei Municipal nº 77, de 03/04/1958 foi criado o distrito de Santa Maria, ex-povoado.
Em divisão territorial datada de 01/07/1960, o Município foi constituído por quatro distritos: Alto Paraná, Maristela, Santa Maria e Sumaré.
A Lei Estadual nº 4.717, de 21/05/1963, transferiu o Distrito de Sumaré do Município de Alto Paraná para o Município de Paranavaí.
Em divisão territorial datada de 31/07/1963, o município é constituído por três distritos: Alto Paraná, Maristela e Santa Maria.
Fonte: Prefeitura Municipal de Alto Paraná(PR); IBGE
Autor do Histórico: ALBERTINO FRANZONI