É uma região de fronteira internacional e estadual, e onde encontram-se as maiores tribos indígenas do Estado, dentre as quais os Karipuna (aldeias do Manga), Galibi do Oiapoque, Galibi do Kumarum~e os Palikur, na aldeia de Kumenê, no Rio Urucauá. O Prefeito João Neves é índio galibi e os vereadores Ramos dos Santos e Coaraci Gabriel, mbos descendentes de Karipuna, representam a população indígena no Executivo e Legislativo.
Oiapoque é a cidade mais bem policiada do Brasil: com Polícia Civil, Militar e Federal, e ainda nas proximidades a 5 km em Clevelândia, a Companhia Especial de Fronteira.
Hoje com a globalização, é inevitável o intercâmbio em curto prazo do Amapá com Caiena, Paramaribo (ex-Guiana Holandesa), e Georgetow (ex-Guiana Inglesa, tanto por via rodoviário como aérea e a cidade de Oiapoque.
Da Cidade de Oiapoque para chegar até Saint Georges (São Jorge), utiliza-se o transporte de catraia (voadeira), que chegam em 10 ou 15 minutos, dependendo da potência do motor. Onde os oiapoquenses frequentemente vão fazer compras, em virtude das vantagens quanto ao preço e qualidade dos produtos, principalmente dos eletrodomésticos, além dos uísques, vinhos, perfumes, etc.
Economia: Sua economia no Setor Primário está concentrada na criação de gado bovino, bubalino e suíno; e na cultura de mandioca (farinha), laranja, milho, cana-de-açúcar e outros.
No Setor Secundário utiliza-se da extração de ouro, do artesanato, incluindo-se a fabricação de luxuosas jóias de ouro, possui também a cassiterita, macassita e pedras preciosas, além de algumas serraria e padarias. O município também já está exportando cacau beneficiado, através da Associação Agro-Extrativista do Cassiporé, para a França.
No Setor Terciário possui um pequeno comércio (mercearias) que é beneficiado pelo intecâmbio existente com Saint Georges (São Jorge) e com a Vila de Clevelândia, a 5 km da cidade, possui restaurantes, bares e algumas boates.
Atração Turística: Como opções turísticas, apresentam-se basicamente os rios parasidíacos de Oiapoque, Uaçá e Cassiporé, dos lagos Muruani e Cabo Orange; passeio à Serra de Tumucumaque e Monte Cajari e as aldeias indígenas.
Também é muito interessante de se ver o Turé - dança indígena celebrada por todos os povos indígenas da região do Uaçá e Curipi. É uma dança que relaciona ao mundo mágico e entidades sobrenaturais do índio. É realizado por ocasião dos trabalhos agrícolas, entre os meses de setembro e novembro. Tem por finalidade reunir os povos indígenas para esses trabalhos agrícolas, que são feitos em forma de mutirão.
Eventos Culturais: Comemora-se em agosto (15/08) a festa de Nossa Senhora das Graças, padroeira da cidade, com missa, arraial e procissão. No mês de outubro, festeja-se a padroeira de Clevelândia do Norte, Nossa Senhora de Nazaré. E em outubro também se festeja na cidade, com arraial na capela do santo. Além das festas juninas, em junho, com quadrilhas que possuem muita criatividade e imaginação.
Fonte: SOUZA, Manoel Dorandins Costa de. A Evolução Política, Demográfica e Sócio-Econômica do Amapá. Coordenação do Curso de História. Universidade Federal do Amapá. Macapá/AP, 1995. 101 p. (trabalho de conclusão de curso)
Autor do Histórico: JOEL LIMA DA SILVA